Enviada por Antônio Sávio de Resende
Estamos em plena eternidade e a vida, com a
justiça por fundamento, diariamente reprova nossos erros e nos premia as boas
ações.
Examina a paisagem de tua luta habitual e não
percas a oportunidade do reajuste.
Se ofendeste o companheiro que te partilha as
experiências, retifica, ainda hoje, o teu gesto infeliz.
Se deste ouvidos à suspeita delituosa,
confia-te à meditação e não te enveredes no cipoal da desconfiança indébita.
Se puseste os teus olhos sobre o mal, auxilia
a tua própria retentiva a esquecer as imagens perturbadoras que não deverias
procurar nem reter.
Se falaste sem propósito, ferindo ou
prejudicando alguém, retrocede e regenera as chagas que o teu verbo impensado
terá imposto aos que te consagraram atenção.
Se a ociosidade tem sido a tua companheira,
abandona-a ao círculo de sombras em que se compraz e busca o serviço sem
delongas, para que a vida não te considere peça inútil em suas divinas
engrenagens.
Estabelece causas nobres de alegria e bom
ânimo, paz e otimismo, aprendendo, amando e servindo, porque o sofrimento nos
surpreende na estrada com tanta duração e com tanta intensidade, conforme tenha
sido o nosso esquecimento do dever que o Pai nos designou a cumprir.
Ninguém precisa morrer na carne para
encontrar a correção ou a recompensa do Além.
A Terra é nosso lar sublime, em plena
imensidade, e, dentro dela, a vida nos liberta ou nos agrilhoa, nos reconforta ou
nos dilacera, de conformidade com a escolha que traçamos para nós mesmos.
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Escrínio de Luz.
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