domingo, 26 de julho de 2015

PARENTES ENFERMOS



Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Caminhos de Volta. Lição nº 18. Página 55.

Como tratarei os parentes enfermos?
Pergunta muitas vezes repetida e analisada.
De nossa parte, responderemos aos amigos que no-la endereçam, segundo o critério da imortalidade.
Ainda mais.
Esclareceremos que irmãos enfermos não são unicamente aqueles que a radiografia revela ou que a experiência médica registra.
Além das moléstias que se manifestam no corpo físico, temos ainda aquelas outras que se entranham na alma, por enquanto arredadas da patologia comum.
Se consegues, assim, perceber os sofrimentos daqueles que se te vinculam à existência, conserva-os contigo, tanto quanto puderes.
Quanto mais pesem no orçamento de tempo e possibilidades a que te prendas, mais necessitados se mostram de proteção e segurança.
Em muitas ocasiões, talvez possas situá-los em recintos pagos, com o beneplácito da tua bolsa.
Entretanto, embora te reverenciemos os impulsos de generosidade, não vacilamos em reformular o apelo à tua misericórdia para que os mantenhas no calor da própria ternura.
São eles filhos imobilizados no leito, a te pedirem socorro.
Ascendentes que se fizeram valetudinários e te rogam assistência, enquanto aguardam a cirurgia da morte.
Companheiros encarcerados em moléstias difíceis ou irmãos outros em transes graves da vida orgânica.
Além deles encontramos ainda os doentes mentais, supostamente sadios, aqueles que passaram a evidenciar comportamento infeliz.
Os caídos em experiências amargas no campo afetivo.
Os desmemoriados diante das obrigações que assumiram e os que carregam obsessões ocultas que lhes desfiguram a imagem.
Diante dos parentes enfermos, se te reconheces com saúde e equilíbrio, a fim de observá-los, compadece-te deles e guarda-os no clima da própria presença, quanto isso se faça possível.
Todos eles são a continuidade de nossos débitos ou prolongamentos de nossa própria ternura.
Recordemos que a morte é somente mudança, que nos reencontraremos todos, agora ou no futuro, e doemos àqueles corações que nos cercam todo o amor que esperam de nós ou que nos solicitam, a fim de se complementarem na evolução a realizar ou no trabalho a fazer.
Abençoa Hoje os que Amanhã te Abençoarão...


quinta-feira, 9 de julho de 2015

EVANGELHO E EDUCAÇÃO


Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Roteiro. Lição nº 21. Página 91.

Quando o Mestre confiou ao mundo a Divina Mensagem da Boa Nova, a Terra, sem dúvida, não se achava desprovida de sólida cultura.
Na Grécia, as artes haviam atingido luminosa culminância e, em Roma, bibliotecas preciosas circulavam por toda parte, divulgando a política e a ciência, a filosofia e a religião.
Os escritores possuíam corpos de copistas especializados e professores eméritos conservavam tradições e ensinamentos, preservando o tesouro da inteligência.
Prosperava a instrução, em todos os lugares, mas a educação demorava-se em lamentável pobreza.
O cativeiro consagrado por lei era flagelo comum.
A mulher, aviltada em quase todas as regiões, recebia tratamento inferior ao que se dispensava aos cavalos.
Homens de consciência enobrecida, por infelicidade financeira ou por questiúnculas de raça, eram assinalados a ferro candente e submetidos à penosa servidão, anotados como animais.
Os pais podiam vender os filhos.
Era razoável cegar os vencidos e aproveita-los em serviços domésticos.
As crianças fracas eram, quase sempre, punidas com a morte.
Enfermos eram sentenciados ao abandono.
As mulheres infelizes podiam ser apedrejadas com o beneplácito da justiça.
Os mutilados deviam perecer nos campos de luta, categorizados à conta de carne inútil.
Qualquer tirano desfrutava o direito do reduzir os governados à extrema penúria, sem ser incomodado por ninguém.
Feras devoravam homens vivos nos espetáculos e divertimentos públicos, com aplauso geral.
Rara a festividade do povo que transcorria sem vasta efusão de sangue humano, como impositivo natural dos costumes.
Com Jesus, entretanto, começa uma Era Nova para o Sentimento.
Condenado ao supremo sacrifício, sem reclamar, e rogando o perdão celeste para aqueles que o vergastavam e feriam, instila no ânimo dos seguidores novas disposições espirituais.
Iluminados pela Divina Influência, os Discípulos do Mestre consagram-se ao serviço dos semelhantes.
Simão Pedro e os companheiros dedicam-se aos doentes e infortunados.
Instituem-se casas de socorro para os necessitados e escolas de evangelização para o espírito popular.
Pouco a pouco, altera-se a paisagem social, no curso dos séculos.
Dilacerados e atormentados, entregues ao supremo sacrifício nas demonstrações sanguinolentas dos tribunais e das praças públicas, ou trancafiados nas prisões, os aprendizes do Evangelho ensinam a compaixão e a solidariedade, a bondade e o amor, a fortaleza moral e a esperança.
Há grupos de servidores, que se devotam ao trabalho remunerado para a libertação de numerosos cativos.
Senhores da fortuna e da terra, tocados nas fibras mais íntimas, devolvem escravos ao mundo livre.
Doentes encontram remédio, mendigos acham teto, desesperados se reconfortam, órfãos são recebidos no lar.
Nova mentalidade surge na Terra.
O coração educado aparece, por abençoada Luz, nas sombras da vida.

A gentileza e a afabilidade passam a reger o campo das boas maneiras e, sob a inspiração do Mestre Crucificado, homens de pátrias e raças diferentes aprenderam a encontrar-se com alegria, exclamando, Felizes: - “Meu Irmão”.
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