domingo, 24 de dezembro de 2017

INSPIRAÇÃO DO NATAL


Pelo Espírito Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Os Dois Maiores Amores. Lição nº 07. Página 34.

Ouves a música do Natal e sentes que o coração se te transforma numa concha de alegrias e lágrimas.
É a luz do passado que te retoma o caminho e, com ela, reencontras Jesus na tela das emoções mais íntimas.
“Glória a Deus nas alturas e Paz na Terra!”...
Diante de cada nota da inolvidável melodia, tornas ao regaço do lar, pelos prodígios da memória, revendo particularmente os que te amaram, com quem não podes trocar, de imediato, o abraço do carinho aconchegante...
Aqui, neste recanto do pensamento, escutas as orações maternas que te falavam de Deus; ali, reconstituis a imagem de teu pai, apontando-te no firmamento a seara rutilante dos astros; além, regressas ao convívio de professores inesquecíveis que te abençoaram a infância; e, mais além ainda, contemplas, de novo, afeições diletas que as provas e dificuldades do cotidiano não te arredaram da alma!...
O amor refulge em ponto sempre mais alto, na trilha das horas, e Jesus nos reaparece, a pedir que também nos amemos, a começar daqueles que nos rodeiam...
Não te detenhas!...
Reparte não apenas a mesa farta que te emoldura o júbilo festivo, mas oferece igualmente a ternura que se te extravasa do sentimento...
Se alguém te feriu, perdoa... E, se feriste a alguém, cobre o gesto impensado com a luz da humildade que te fará recuperar o apreço de teus irmãos.
Divide o agasalho que te sobre, ante as necessidades do corpo; no entanto, esparze a compreensão além dos limites de tuas próprias conveniências e, quanto se faça possível, estende auxílio e coragem aos companheiros caídos nas sombras da perturbação ou da culpa...
Natal é Jesus volvendo a nós, batendo-nos à porta da alma, a fim de que volvamos também a Ele...
Descerremos o coração para que o Senhor nasça na palha singela da nossa esperança de paz e renovação.
E, enquanto a vida imortal brilha sobre nós, à feição da estrela divina, dentro da noite inesquecível, seja cada um de nós, de uns para com os outros, no Natal e em todos e em todos os dias, a presença do amor e o amparo da bênção.


quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

JOSÉ DA GALILÉIA

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Levantar e Seguir. Lição nº 06. Página 37.



“E projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de David, não temas receber a Maria.” Mateus: 1.20.

Em geral, quando nos referimos aos vultos masculinos que se movimentam na tela gloriosa da missão de Jesus, atendemos para a precariedade dos seus companheiros, fixando, quase sempre, somente os derradeiros quadros de sua passagem no mundo.
É preciso, porém, observar que, a par de beneficiários ingratos, de ouvintes indiferentes, de perseguidores cruéis e de discípulos vacilantes, houve um Homem Integral que atendeu a Jesus, hipotecando-Lhe o coração sem mácula e a consciência pura.
José da Galiléia foi um homem tão profundamente espiritual que seu vulto sublime escapa às analises limitadas de quem não pode prescindir do material humano para um serviço de definições.
Já pensaste no Cristianismo sem Ele?
Quando se fala excessivamente em falência das criaturas, recordemos que houve tempo em que Maria e o Cristo foram confiados pelas Forças Divinas a um Homem.
Entretanto, embora honrado pela solicitação de um anjo, nunca se vangloriou de dádiva tão alta.
Não obstante contemplar a sedução que Jesus exercia sobre os doutores, nunca abandonou a sua carpintaria.
O mundo não tem outras notícias de suas atividades senão aquelas de atender às ordenações humanas, cumprindo um édito de César e as que no-Lo mostram no templo e no lar, entre a adoração e o trabalho.
Sem qualquer situação de evidência, deu a Jesus tudo quanto podia dar.
A Ele deve o Cristianismo à porta da primeira hora, mas José passou no mundo dentro do Divino Silêncio de Deus.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...