Irmãos da Terra,
Em meio às
vicissitudes da experiência humana, aprendei a tolerar e perdoar!...
Por mais se vos fira
ou calunie, injurie ou amaldiçoe, olvidai o mal, fazendo o bem!...
Vós que tivestes a
confiança traída ou o espírito dilacerado nas armadilhas da sombra, acendei a
luz do amor onde estiverdes!...
Companheiros que
fostes vilipendiados ou insultados em vossas intenções mais sublimes apaguem as
ofensas recebidas e bendizei os ultrajes que vos burilam o coração para a Vida
Maior!...
Irmãs que padecestes
indescritíveis agravos na própria carne, desprezadas pelos carrascos risonhos
que vos enlouqueceram de angústia, depois de vos acenarem com mentirosas
promessas, abençoai aqueles que vos destruíram os sonhos!...
Mães solteiras que
fostes banidas do lar e batidas até a queda na prostituição, por haverdes tido
suficiente coragem da não assassinar no próprio ventre os filhos de vossa
desventura, com a insânia do aborto provocado, mães agoniadas às quais tantas
vezes se nega até mesmo o direito de defesa, conferido aos nossos irmãos
criminosos nas cadeias públicas, perdoai os vossos algozes!...
Pais que trazeis nos
ombros escalavrados de sofrimento a carga dolorosa dos filhos ingratos, filhos
que aguentais na carne e na alma o despotismo e a brutalidade de pais
insensíveis e cônjuges flechados entre as paredes domésticas pelos estiletes da
incompreensão e da crueldade, absolvei-vos uns aos outros!...
Obsidiados de todos
os climas, tecei véus de piedade e esperança sobre os seres infelizes,
encarnados ou desencarnados, que vos torturam as horas! Criaturas prejudicadas
ou perseguidas de todos os recantos do mundo, perdoai a quantos se fizeram
instrumentos de vossas aflições e de vossas lágrimas!...
Quando sentirdes a
tentação de revidar, lembrai-vos daquele que nos concitou a “amar os inimigos”
e a “orar pelos que nos perseguem e caluniam”! Recordai o Cristo de Deus,
preferindo ser condenado a condenar, porque, em verdade, quantos praticam o mal
não sabem o que fazem!...
Convencei-vos de que
as leis da morte não excetuam ninguém e não vos esqueçais de que, no dia do
vosso grande adeus aos que ficarem na estância das provas, somente pela bênção
da paz e do amor na consciência tranquila é que podereis alcançar a suspirada
libertação!...
Do livro: “E a Vida Continua...” - André Luiz
Psicografia: Chico Xavier
Editora FEB
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