Diante da realidade do sofrimento, das
decepções ou das desilusões, o ser tem, muitas vezes, o comportamento amargo da
revolta e da incompreensão. A dor bate às portas do seu vizinho e ele lhe diz,
inconsequente: "fulano não merece sofrer". E a vida, no entanto, em
sua sábia capacidade de ensinar, segue no silêncio sua rota, até encontrar o
instante preciso em que o ser pode ouvi-la em sua profundidade.
Aí, ante o cansaço que dele tomou
conta, a vida conduz a alma a apreciações distantes, levando-a a ver o que não
enxergava, a compreender o que não entendia, a aceitar o que lhe provocava
revolta e amargura.
O mundo assim caminhou, entre
provocações e desencantos, domando civilizações e encarcerando mil almas a cada
segando, ao ponto da razão, onde penetrou os mistérios insondáveis da vida e da
morte para dizer a cada um que a dor não tem só uma razão, como também, teve
uma aceitação prévia para aqueles que já conseguiram levantar a cabeça acima da
lama.
E o ser diante do seu próprio
progresso, na liberdade indestrutível de agendar o futuro, mediante o USO DO
BOM SENSO, que tanto lhe custou. É a alma dizendo a si mesma que a vida lhe
pertence e que, para aprimorá-la incessantemente, necessita do cinzel
modelador, a eliminar cada um dos excessos que o egoísmo, no tempo, Agregou-lhe
à moldura.
Eis como Emmanuel, pela pena do nosso
Chico Xavier, em seu livro "Religião dos Espíritos", alarga os
horizontes da dor na mensagem.
Do livro: Mensagens de Saúde Espiritual - Antologia Espírita e Popular -
Wilson Garcia
EME Editora
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