quarta-feira, 25 de julho de 2012

RAZÕES DA MINHA DOR


Diante da realidade do sofrimento, das decepções ou das desilusões, o ser tem, muitas vezes, o comportamento amargo da revolta e da incompreensão. A dor bate às portas do seu vizinho e ele lhe diz, inconsequente: "fulano não merece sofrer". E a vida, no entanto, em sua sábia capacidade de ensinar, segue no silêncio sua rota, até encontrar o instante preciso em que o ser pode ouvi-la em sua profundidade.
Aí, ante o cansaço que dele tomou conta, a vida conduz a alma a apreciações distantes, levando-a a ver o que não enxergava, a compreender o que não entendia, a aceitar o que lhe provocava revolta e amargura.
O mundo assim caminhou, entre provocações e desencantos, domando civilizações e encarcerando mil almas a cada segando, ao ponto da razão, onde penetrou os mistérios insondáveis da vida e da morte para dizer a cada um que a dor não tem só uma razão, como também, teve uma aceitação prévia para aqueles que já conseguiram levantar a cabeça acima da lama.
E o ser diante do seu próprio progresso, na liberdade indestrutível de agendar o futuro, mediante o USO DO BOM SENSO, que tanto lhe custou. É a alma dizendo a si mesma que a vida lhe pertence e que, para aprimorá-la incessantemente, necessita do cinzel modelador, a eliminar cada um dos excessos que o egoísmo, no tempo, Agregou-lhe à moldura.
Eis como Emmanuel, pela pena do nosso Chico Xavier, em seu livro "Religião dos Espíritos", alarga os horizontes da dor na mensagem.

Do livro: Mensagens de Saúde Espiritual - Antologia Espírita e Popular -
 Wilson Garcia
 EME Editora


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