Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Palavras de Vida
Eterna. Lição nº 12. Página 37.
“Porventura sou eu, Senhor?”
Mateus, 26:22.
Diante da palavra do Mestre,
reportando-se ao espírito de leviandade e defecção que o cercava, os discípulos
perguntaram afoitos:
- “Porventura sou eu, Senhor?”
E quase todos nós, analisando
o gesto de Judas, incriminamo-lo em pensamento.
Por que teria tido a coragem
de vender o Divino Amigo por trinta moedas?
Entretanto, bastará um exame
mais profundo em nós mesmos, a fim de que vejamos nossa própria negação à
frente do Cristo.
Judas teria cedido à paixão
política dominante, enganado pelas insinuações de grupos famintos de libertação
do jugo romano... Teria imaginado que Jesus, no Sinédrio, avocaria a posição de
emancipador da sua Terra e da sua gente, exibindo incontestável triunfo
humano...
E, apenas depois da desilusão
dolorosa e terrível, teria assimilado toda a verdade!...
Mas nós?
Em quantas existências e situações
tê-lo-emos vendido no altar do próprio coração, ao preço mesquinho de nosso
desvairamento individual?
- Nos prélios da vaidade e do
orgulho...
- Nas exigências do prazer
egoísta...
- Na tirania da opinião...
- Na crueldade confessa...
- Na caça da fortuna
material...
- Na rebeldia destruidora...
- No olvido de nossos
deveres...
- No aviltamento de nosso
próprio trabalho...
Na edificação íntima do Reino
de Deus, meditemos nossos erros conscientes ou não, definindo nossas
responsabilidades e débitos para com a vida, para com a Natureza e para com os
semelhantes e, em todos os assuntos que se refiram à deserção perante o Cristo,
teremos bastante força para desculpar as faltas do próximo, perguntando, com
sinceridade, no âmago do coração:
- “Porventura existirá alguém
mais ingrato para contigo do que eu, Senhor?”
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