sexta-feira, 28 de julho de 2017

NO CREDIÁRIO DA VIDA


Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Alma e Coração. Lição nº 08. Página 25.  

Deixa que a compaixão te aclare os olhos e lubrifique os ouvidos, a fim de que possas ver e escutar em louvor do bem.
Quantas vezes geramos complicações e agravamos problemas, unicamente pelo fato de exigir dos outros, aquilo de santo ou de heroico que ainda não conseguimos fazer!
À frente das incompreensões ou perturbações do cotidiano, procuremos reagir como estimaríamos que os demais reagissem, se as dificuldades fossem nossas.
A Terra está repleta dos que censuram e acusam.
Amparemo-nos mutuamente.
Às vezes, pronuncias palavras menos felizes, nas horas de irritação ou desanimo, que apreciarias reaver a fim de inutilizá-las, se isso fosse possível, e agradeces a bondade do ouvinte que se dispõe a atirá-las no cesto do esquecimento.
Por que não agir, de modo análogo, quando registras o comentário de ordem negativa, partido de alguém, no clima do desespero?
Nos atos injustos, nas decisões impensadas ou nos erros que perpetramos, somos gratos à misericórdia daqueles que nos acolhem com brandura e entendimento, extinguindo no silêncio os resultados de nossas falhas involuntárias.
Como não esposar norma idêntica, quando algum de nossos irmãos escorregava na sombra?
Proclamamos a necessidade do progresso da alma, afirmamos o impositivo de nosso próprio aperfeiçoamento...
Iniciemos esse esforço meritório a favor de nós, reconhecendo que os outros carregam provações e fraquezas semelhantes às nossas, quando não sejam problemas e obstáculos muito mais aflitivos.

Admiremos nossos companheiros quando se aplicarem ao bem ou quando se harmonizarem com o bem: entretanto, sempre que resvalarem no mal, busquemos tratá-los na base do amor que declaramos cultivar com Jesus, de vez que todo investimento de tolerância que fizermos hoje, em benefício do próximo no crediário da vida, ser-nos-á amanhã precioso depósito que poderemos sacar no socorro àqueles a quem mais amamos, ou mesmo no auxílio a nós.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

NA GRANDE ESCOLA


Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Taça de Luz. Lição nº 19. Página 61.
Psicografia em Reunião Pública, em 01.08.1952, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.

A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos, nos matriculamos, solicitando - quando já possuímos a graça do conhecimento - as lições necessárias à nossa sublimação.
Todas as matérias que constituem o patrimônio do educandário, se aproveitadas por nossa alma, podem conduzir-nos aos resultados que nos propomos atingir.
Não existe, porém, ensinamento gratuito para a comunidade dos aprendizes.
Cada aquisição tem o preço que lhe corresponde.
A provação da riqueza é sedutora, mas repleta de perigos cruéis.
A passagem na pobreza é simples e enternecedora, contudo oferece tentação permanente ao extremo desespero.
O estágio na beleza física é fascinante, entretanto, mostra escuros abismos ao coração desavisado.
A demora no poder é expressiva, todavia, atrai dificuldades infernais, que podem comprometer o nosso futuro.
O ingresso na cultura da inteligência favorece a posse de verdadeiros tesouros, no entanto, nesse setor, o orgulho e a vaidade representam impertinentes verdugos da alma.
A estação de calmaria na vida familiar é tempo doce e agradável ao espírito, mas aí, dentro, no oásis do carinho, o monstro do egoísmo pode enganar-nos o coração.
Em qualquer parte, onde estiverdes, acordai para o bem!...
Recordai que o ouro e a intelectualidade, os títulos e as honras, as aflições e os sofrimentos, as posses e os privilégios são meros acidentes no longo e abençoado caminho evolutivo.

Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão e não vos esqueçais de que, em qualquer condição, só no cultivo do amor puro, conseguireis edificar para a vitoriosa imortalidade.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

PERANTE JESUS


Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Palavras de Vida Eterna. Lição nº 12. Página 37.

“Porventura sou eu, Senhor?” Mateus, 26:22.

Diante da palavra do Mestre, reportando-se ao espírito de leviandade e defecção que o cercava, os discípulos perguntaram afoitos:
- “Porventura sou eu, Senhor?”
E quase todos nós, analisando o gesto de Judas, incriminamo-lo em pensamento.
Por que teria tido a coragem de vender o Divino Amigo por trinta moedas?
Entretanto, bastará um exame mais profundo em nós mesmos, a fim de que vejamos nossa própria negação à frente do Cristo.
Judas teria cedido à paixão política dominante, enganado pelas insinuações de grupos famintos de libertação do jugo romano... Teria imaginado que Jesus, no Sinédrio, avocaria a posição de emancipador da sua Terra e da sua gente, exibindo incontestável triunfo humano...
E, apenas depois da desilusão dolorosa e terrível, teria assimilado toda a verdade!...
Mas nós?
Em quantas existências e situações tê-lo-emos vendido no altar do próprio coração, ao preço mesquinho de nosso desvairamento individual?
- Nos prélios da vaidade e do orgulho...
- Nas exigências do prazer egoísta...
- Na tirania da opinião...
- Na crueldade confessa...
- Na caça da fortuna material...
- Na rebeldia destruidora...
- No olvido de nossos deveres...
- No aviltamento de nosso próprio trabalho...
Na edificação íntima do Reino de Deus, meditemos nossos erros conscientes ou não, definindo nossas responsabilidades e débitos para com a vida, para com a Natureza e para com os semelhantes e, em todos os assuntos que se refiram à deserção perante o Cristo, teremos bastante força para desculpar as faltas do próximo, perguntando, com sinceridade, no âmago do coração:

- “Porventura existirá alguém mais ingrato para contigo do que eu, Senhor?”

sexta-feira, 7 de julho de 2017

DECÁLOGO PARA MÉDIUNS



Pelo Espírito Albino Teixeira. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Paz e Renovação. Lição nº 34. Página 98.
                                                                                  
Não afastar-se dos deveres e compromissos que abraçou na vida, reconhecendo que é impossível manter intercâmbio espiritual claro e constante com o Plano Superior, sem base na consciência tranquila.
Não descuidar-se do autodomínio, a fim de controlar as próprias faculdades.
Não ignorar que desenvolvimento mediúnico, antes de tudo significa educar-se o médium a si mesmo para ser mais útil.
Não desejar fazer tudo, mas fazer o que deve e possa no auxílio aos outros.
Não recusar críticas ou discussões e sim aceitá-las de boa vontade por testes de melhoria e aperfeiçoamento dos próprios recursos.
Não guardar ressentimentos.
Não fugir do estudo, nem da disciplina para discernir e agir com segurança.
Não relaxar a pontualidade, somente faltando às tarefas que lhe caibam por motivo de reconhecida necessidade.
Não olvidar pessoas nos benefícios que preste.
Não olvidar que o melhor médium para o mundo espiritual, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, será sempre aquele que estiver resolvido a burilar-se, decidido a instruir-se, disposto a esquecer-se e pronto a servir.


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