Pelo Espírito
Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Alma e
Coração. Lição nº 08. Página 25.
Deixa que a compaixão
te aclare os olhos e lubrifique os ouvidos, a fim de que possas ver e escutar
em louvor do bem.
Quantas vezes geramos
complicações e agravamos problemas, unicamente pelo fato de exigir dos outros,
aquilo de santo ou de heroico que ainda não conseguimos fazer!
À frente das
incompreensões ou perturbações do cotidiano, procuremos reagir como
estimaríamos que os demais reagissem, se as dificuldades fossem nossas.
A Terra está repleta
dos que censuram e acusam.
Amparemo-nos
mutuamente.
Às vezes, pronuncias
palavras menos felizes, nas horas de irritação ou desanimo, que apreciarias
reaver a fim de inutilizá-las, se isso fosse possível, e agradeces a bondade do
ouvinte que se dispõe a atirá-las no cesto do esquecimento.
Por que não agir, de
modo análogo, quando registras o comentário de ordem negativa, partido de
alguém, no clima do desespero?
Nos atos injustos,
nas decisões impensadas ou nos erros que perpetramos, somos gratos à
misericórdia daqueles que nos acolhem com brandura e entendimento, extinguindo
no silêncio os resultados de nossas falhas involuntárias.
Como não esposar
norma idêntica, quando algum de nossos irmãos escorregava na sombra?
Proclamamos a necessidade
do progresso da alma, afirmamos o impositivo de nosso próprio
aperfeiçoamento...
Iniciemos esse
esforço meritório a favor de nós, reconhecendo que os outros carregam provações
e fraquezas semelhantes às nossas, quando não sejam problemas e obstáculos muito
mais aflitivos.
Admiremos nossos
companheiros quando se aplicarem ao bem ou quando se harmonizarem com o bem:
entretanto, sempre que resvalarem no mal, busquemos tratá-los na base do amor
que declaramos cultivar com Jesus, de vez que todo investimento de tolerância
que fizermos hoje, em benefício do próximo no crediário da vida, ser-nos-á
amanhã precioso depósito que poderemos sacar no socorro àqueles a quem mais
amamos, ou mesmo no auxílio a nós.