quarta-feira, 15 de março de 2017

DIRETRIZ



Pelo Espírito Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Amizade. Lição nº 01. Página 16.

Observa.
Cada manhã é um novo dia.
Renasceste.
Saíste, mais uma vez, da nebulosa.
Deus te renovou o pensamento no cérebro aceso.
Retomaste a presença da luz.
O tempo te pertence.
Podes idear, criar, analisar.
Despertaste, junto dos outros.
Tens o dom de servir.
Aceita a bênção de entender e a felicidade de trabalhar.
Reinicia a tarefa, estampando um sorriso em tuas páginas de bondade.
Coloca otimismo e paz, esperança e alegria em tua lista de doações para hoje.
Age agora para o bem.
Se mágoas de ontem ainda te pesam na alma, procura esquecê-las.
Se ofendeste a alguém, dispõe-te a sanar a falta cometida.
Se alguém te feriu, perdoa sem condições.
Olha os quadros em torno.
A vida te busca.
A oficina da oportunidade te abre as portas.
Escolhe fazer o melhor que puderes.
Sai de ti mesmo.
E, segue adiante para amar, auxiliar, construir e compreender, porque Deus espera por ti.



quarta-feira, 8 de março de 2017

UMA HOMENAGEM DA ESCOLA PARA TODAS AS MULHERES


A MULHER NA VISÃO ESPÍRITA



O eminente e culto professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, o nosso Allan Kardec, em comentário pessoal sobre a questão 202 de O Livro dos Espíritos, a obra fundamental do Espiritismo, afirmou que: “Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens” (75ª edição FEB, 1994, página 135).

Com isso, não deixou margem a qualquer dúvida quanto à necessidade de o Espírito encarnar ora em corpo masculino, ora em corpo feminino, diante das provas pelas quais tem de passar, uma vez que precisa progredir em tudo, razão pela qual a aquisição da experiência em cada novo corpo físico é de considerável importância. Reencarnar, como se sabe, literalmente significa entrar de novo na carne.

Nada obstante ser indiscutível a indispensabilidade de o Espírito estagiar ora em corpo feminil, ora em corpo masculino, com a importante finalidade de avançar na senda do progresso rumo a Deus, cumpre não perder de vista o especial papel do Espírito encarnado como mulher, tal como o registrou Léon Denis: “O papel da mulher é imenso na vida dos povos. Irmã, esposa ou mãe, é a grande consoladora e a carinhosa conselheira. Pelo filho é seu o porvir e prepara o homem futuro. Por isso, as sociedades que a deprimem, deprimem-se a si mesmas. A mulher respeitada, honrada, de entendimento esclarecido, é que faz a família forte e a sociedade grande, moral, unida! (O Problema do Ser, do Destino e da Dor, 23ª edição FEB, 2000, página 178).

Neste passo é importante comparar o texto acima reproduzido com a pergunta 821 de O Livro dos Espíritos“As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem?” E a sua resposta: “Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida”.

Por outra parte, parece não haver dúvida que tanto a maternidade quanto a paternidade constituem verdadeira missão, no mínimo porque estão os pais incumbidos inerentemente de formar o caráter dos seus filhos.

Entretanto, não podemos esquecer que à mulher incumbe a realização de tarefas deveras especiais, a começar pela educação de seus filhos, geralmente em parcela maior de tempo – para dizer o mínimo. E como já sabemos, com a veneranda Doutrina Espírita, educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.
Vale recordar que muitos anos atrás, pelo menos em Curitiba, a cidade onde vivemos, na esmagadora maioria dos casos, à mulher cabia cuidar de seus filhos. Ao homem competia, com o seu trabalho fora de casa, obter recursos suficientes para prover a família. Claro que à mulher restava ainda o ônus de se desincumbir de todos os demais afazeres domésticos. 

O seu papel era imenso, portanto, e enorme a sua responsabilidade, haja em vista que a ela cabia preparar o homem futuro (seu filho ou seus filhos, no sentido de seres humanos encarnados – homens ou mulheres).
Apesar disso, nem sempre o gigantesco trabalho de que a mulher era encarregada foi devidamente valorizado por terceiros. No entanto, não tem maior importância esta ausência de reconhecimento porquanto “A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las” (frase extraída de texto atribuído ao filósofo grego Aristóteles – 360 anos antes de Cristo).

Os tempos mudaram, os costumes em parte também, e as necessidades aumentaram, ao que se vê, aparentemente, por obra do próprio ser humano encarnado na Terra, que passou a criar outras necessidades, talvez em certa medida decorrentes de excelente publicidade veiculada diariamente, que tantas vezes faz com que a pessoa menos atenta ou menos reflexiva compre o que não precisa com o dinheiro que não tem.
Seja como for, houve mudanças.

As mulheres, em considerável número, passaram a trabalhar dentro e fora de casa, em jornada dupla, com ônus dobrado a toda evidência.
Nem por isso, no entanto, ficaram liberadas de seu compromisso maior: preparar o homem (ser humano) futuro, sobretudo se se considerar que “Deus apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Tendo dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados” (comentário pessoal de Allan Kardec sobre a questão 820 de O Livro dos Espíritos, edição citada, páginas 380 e 381).

Com efeito, como bem esclarecido na obra fundamental do Espiritismo: “Os direitos de homens e mulheres são iguais, as funções não. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos” (questão 822 de O Livro dos Espíritos, editora e edição antes indicadas, pág. 381).
Assim, ter jornada dupla é opção, é escolha, talvez necessidade.
Afinal, somos dotados de livre-arbítrio, que nos permite escolher, decidir, mas que também nos torna responsáveis pela escolha, pela decisão, e naturalmente responsáveis por suas consequências.

Por fim, nestas brevíssimas considerações sobre assunto tão complexo quão extenso, vale a pena repetir, para enfatizar, o que afirmou Léon Denis na última frase do trecho aqui transcrito: “A mulher respeitada, honrada, de entendimento esclarecido, é que faz a família forte e a sociedade grande, moral, unida!”


AS OUTRAS PESSOAS


Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Rumo Certo. Lição nº 36. Página 131.

Diante de qualquer pessoa, seja quem seja, inclina-te à bondade e começa por endereçar-lhe um pensamento de simpatia.
Se renteias com alguém que admiras pelas virtudes que lhe exornam o caráter, pondera os riscos a que essa criatura se vê exposta pela altura a que se guindou e, calculando os sacrifícios que terá ela feito para alcançar as responsabilidades em que se situa, oferece-lhe apoio, para que não se lhe desafinem as cordas da alma.
À frente de outra pessoa que consideres errada, com mais razão orarás por ela, rogando o auxílio da Vida Maior, em seu favor, a fim de que se lhe refaçam as forças.
Farás ainda mais... Meditarás nas muitas vezes em que essa criatura haverá sofrido o impacto das tentações que lhe assaltaram a estrada e não acharás motivo para estranheza ou condenação se refletires nas lágrimas que ela terá vertido, até que a loucura mental lhe impulsionasse o coração para o colapso das energias morais em que se escorava dificilmente.
Todos somos defrontados no cotidiano por inúmeras pessoas que a vida nos traz à observação.
Recebamo-las todas na condição de criaturas irmãs, portadoras de recursos e fraquezas, esperanças e sonhos, tarefas e lutas, problemas e dores semelhantes aos nossos.
Consideremos, sobremaneira, que ninguém se aproxima de alguém pedindo reprovação ou azedume.
Todos carecemos de compreensão e bondade.
Quando estamos em paz, o conselho que nos induz ao aperfeiçoamento moral lembra a lâmpada acesa impelindo-nos para a frente.
Entretanto, quando desajustados pelas consequências de nossos próprios erros, já carregamos em nós próprios fardos de angústia suficiente para suplício do coração.
Doemos a quantos se abeirem de nós o melhor que pudermos: o entendimento e a fraternidade a boa palavra e o serviço nobilitante.
Convençamo-nos todos de que todos os males, os nossos e os dos outros, ficarão um dia para trás, em definitivo.Toda sombra chega e passa à feição de nuvem perante o Sol.
Permanecerá no Universo, acima de tudo e para sempre, o Sol da Providência Divina.

E na Luz da Providência Divina todos os mundos e todos os seres se encadeiam na corrente do amor eterno, em permanente e vitoriosa sublimação.

quarta-feira, 1 de março de 2017

AGRADECIMENTOS ESQUECIDOS



Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Fé. Lição nº 20. Página 70.

Sempre ágeis e satisfeitos para manifestar a nossa gratidão pelas alegrias com que somos favorecidos, saibamos cultivar os agradecimentos, habitualmente esquecidos, ante os contratempos que nos esclarecem, tais quais sejam:
- O parente irritadiço que nos impele a praticar tolerância e paciência;
- O constrangimento orgânico, induzindo-nos a preservar os valores da saúde possível;
- O prejuízo que nos amplia o discernimento;
- O amigo que nos abandona, obrigando-nos a intensificar a confiança em nós mesmos;
- O desengano em assuntos afetivos que nos leva a compreender os erros dos outros e a desculpá-los;
- A petição sonegada, impulsionando-nos ao exercício da humildade e da persistência;
- O problema que nos desafia, ensinando-nos a arte de pensar com decisão e segurança.
Decididos a agradecer todas as ocorrências do cotidiano que se expressam na base do “a favor, ”lembremo-nos dos benefícios que a vida nos oferta nos acontecimentos considerados do “contra.”

O motor realmente assegura a movimentação do carro, nessa ou naquela direção, mas o freio é que nos evita o desastre.
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