Pelo Espírito
Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Linha 200.
Lição nº 02. Página 16.
De imediato, ninguém
renova pessoa alguma.
O Criador imprimiu
tamanha originalidade em cada um de nós que toda criatura é alguém com traços
inconfundíveis.
À vista disso, em
nossos grupos familiares e sociais, somos situados pela vida, uns à frente dos
outros, para o trabalho de amparo recíproco, não apenas em se tratando do
resgate dos débitos que remanescem de existências passadas, mas também a fim de
que nos eduquemos mutuamente através de nossas relações comuns.
Nisso reside o
imperativo de nos aceitarmos tais quais somos.
Indispensável
amparar-nos, escorar-nos e entender-nos.
Aprendamos a
reconhecer que toda que toda criatura é portadora da estrutura emocional que
lhe é própria.
Se já experimentas a
segurança psicológica, suscetível de suportar os lances difíceis da caminhada
humana, não te esqueças de que os outros, notadamente aqueles que te cercam,
nem sempre já conseguiram a resistência espiritual que te caracteriza.
Nas horas de
provação, não exijas deles atitudes semelhantes às tuas.
Esse ainda não tolera
agravos pessoais, sem que se lhe desajuste a sensibilidade; outro, por
enquanto, não aguenta prejuízos sem molestar-se; aquele não sabe separar-se,
mesmo por alguns dias, das pessoas amadas sem abater-se; e aquele outro ainda
ignora como atravessar qualquer problema afetivo, sem lesar o próprio coração.
Ante os obstáculos
daqueles que mais amas ou renteando as tribulações de quantos desconheces, não
pronuncies palavras de condenação.
Oferece-lhes
reconforto e coragem.
Exigências poderiam
transformar-se neles na chaga invisível do desânimo, precursora de enfermidade
ou desequilíbrio.
Efetivamente, de
improviso, não conseguimos renovar ninguém; no entanto, podemos reanimar
quantos caiam ou sofram, em nossos caminhos de experiência, com alguma fatia de
esperança.
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