Pelo Espírito
Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Caminhos de
Volta. Lição nº 18. Página 55.
Como tratarei os
parentes enfermos?
Pergunta muitas vezes
repetida e analisada.
De nossa parte,
responderemos aos amigos que no-la endereçam, segundo o critério da
imortalidade.
Ainda mais.
Esclareceremos que
irmãos enfermos não são unicamente aqueles que a radiografia revela ou que a
experiência médica registra.
Além das moléstias que
se manifestam no corpo físico, temos ainda aquelas outras que se entranham na
alma, por enquanto arredadas da patologia comum.
Se consegues, assim,
perceber os sofrimentos daqueles que se te vinculam à existência, conserva-os
contigo, tanto quanto puderes.
Quanto mais pesem no
orçamento de tempo e possibilidades a que te prendas, mais necessitados se
mostram de proteção e segurança.
Em muitas ocasiões,
talvez possas situá-los em recintos pagos, com o beneplácito da tua bolsa.
Entretanto, embora te
reverenciemos os impulsos de generosidade, não vacilamos em reformular o apelo
à tua misericórdia para que os mantenhas no calor da própria ternura.
São eles filhos
imobilizados no leito, a te pedirem socorro.
Ascendentes que se
fizeram valetudinários e te rogam assistência, enquanto aguardam a cirurgia da
morte.
Companheiros
encarcerados em moléstias difíceis ou irmãos outros em transes graves da vida
orgânica.
Além deles
encontramos ainda os doentes mentais, supostamente sadios, aqueles que passaram
a evidenciar comportamento infeliz.
Os caídos em
experiências amargas no campo afetivo.
Os desmemoriados
diante das obrigações que assumiram e os que carregam obsessões ocultas que
lhes desfiguram a imagem.
Diante dos parentes
enfermos, se te reconheces com saúde e equilíbrio, a fim de observá-los,
compadece-te deles e guarda-os no clima da própria presença, quanto isso se
faça possível.
Todos eles são a
continuidade de nossos débitos ou prolongamentos de nossa própria ternura.
Recordemos que a
morte é somente mudança, que nos reencontraremos todos, agora ou no futuro, e
doemos àqueles corações que nos cercam todo o amor que esperam de nós ou que
nos solicitam, a fim de se complementarem na evolução a realizar ou no trabalho
a fazer.
Abençoa Hoje os que
Amanhã te Abençoarão...