Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Habitualmente, a opinião pública
na Terra quase que até agora, em assuntos de sexo, se restringia a entender e
aprovar os que se davam ao casamento e a estranhar ou reprovar os que se
mantinham em celibato.
A evolução, no entanto,
descortinou as ciências psicológicas da atualidade e as ciências psicológicas
empreenderam o estudo das complexidades da alma, quase a lhe operarem o
desnudamento.
E os problemas do sexo vão
sobrando em escala crescente.
Casados e solteiros, jovens e
adultos, quando em lutas emocionais apresentam distúrbios afetivos e impulsos
ambivalentes, insatisfação e carência de ordem sentimental, dificuldades
através de condições inversivas e fenômenos diversos da bissexualidade.
Sempre valiosa a contribuição da
psicologia em socorro de quantos se identificam no mundo em situação
paranormal, nos domínios do afeto, particularmente quando ensina aos pacientes
a conquista da auto aceitação.
Entretanto, sem os princípios
reencarnacionistas, definindo a posição de cada espírito segundo as leis de
causa e efeito, qualquer tipo de assistência às vítimas de desajustes psicológicos
resultará incompleto.
Nesse sentido é preciso recordar
que todas as lesões afetivas que tenhamos imposto a alguém repercutem sobre
nós, criando lesões consequentes e análogas em nosso campo espiritual:
- esse terá traumatizado almas
queridas com os assaltos da ingratidão e se corporificou de novo no plano
terrestre suportando os chamados desequilíbrios congênitos;
- aquele provavelmente haverá
precipitado corações sensíveis em despenhadeiros do sentimento e renasceu
carregando frustrações sexuais irreversíveis para todo o curso da própria
existência;
- outro perseguiu criaturas irmãs
do sexo oposto, mergulhando-as em desespero e delinquência e terá voltado à
terra em condições inversivas;
- outros terão solicitado a
própria internação em celas morfológicas de formação contrária aos seus
impulsos mais íntimos, de modo a se isolarem transitoriamente para o desempenho
de tarefas determinadas e nem sempre toleram as provas e empeços da própria
escolha;
- e outros muitos ainda, que
impuseram suicídios e crimes, traições e deserções a pessoas que lhes
hipotecavam integral confiança, retornam à experiência física sofrendo
tribulações complexas que variam conforme o grau da culpa com que dilapidaram a
harmonia de si mesmos.
Diante dos nossos irmãos de
humanidade em problemas sexuais, saibamos administrar-lhes amor e
esclarecimento ao invés de menosprezo ou condenação.
Normalidade física não quer dizer
no mundo que os nossos débitos das existências passadas fiquem extintos.
Em razão disso, muitas vezes, é
possível que amanhã estejamos rogando amparo justamente àqueles aos quais hoje
estendamos auxílio.
Encerrando os nossos
apontamentos, lembremo-nos de que Allan Kardec formulou a questão número 202,
em O Livro dos Espíritos, indagando da Espiritualidade Superior quanto à
preferência dos amigos desencarnados, ante o renascimento no mundo, a perguntar
para que setor da vida humana mais se inclinavam: se para o campo de trabalho
do homem ou da mulher.
E os mentores da Codificação
Kardequiana responderam convincentes: - Isso, na essência, não lhes importa.
Vale, sim, para eles, acima de tudo, a prova que lhes compete experimentar.
Do livro: Na era do Espírito.
Lição 25. Página 144
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