segunda-feira, 22 de abril de 2013

O FARDO


“Cada qual levará a sua própria carga”. Paulo. (Gálatas, 6:5).

Quando a ilusão te fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo excessivo e injusto, recorde que não segues sozinho no grande roteiro.

Cada qual tolera a carga que lhe é própria.

Fardos existem de todos os tamanhos e de todos os feitios:
 
 

A responsabilidade do legislador.

A tortura do sacerdote.

A expectativa do coração materno.

A indigência do enfermo desamparado.

O pavor da criança sem ninguém.

As chagas do corpo abatido.

Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes para que não te suponhas vítima ou herói num campo onde todos somos irmãos uns dos outros, mutuamente identificados pelas mesmas dificuldades, pelas mesmas dores e pelos mesmos sonhos.

Suporta o fardo de tuas obrigações valorosamente e caminha.

Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.

Do cascalho pesado emerge o diamante.

Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida maior.

Dirás, talvez impulsivamente: “É o ímpio vitorioso, o mau coroado de respeito, e o gozador indiferente? Carregarão, por ventura, alguma carga nos ombros?”.

Responderemos, no entanto, que provavelmente, viverão sob encargos mais pesados que os nossos, de vez que a impunidade não existe.

Se o suor te alaga a fronte e se a lágrima te visita o coração, é que a tua carga já se faz menos densa, convertendo-se, gradativamente, em luz para a sua ascensão.

Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo, avança com ele para a frente, mesmo que seja um milímetro por dia...

Lembra-te do madeiro afrontoso que dobrou os ombros doridos do Mestre.

Sob os braços duros do lenho infamante, jaziam ocultas asas divinas da ressurreição para a divina imortalidade.

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro “Cartas do Coração”.

domingo, 14 de abril de 2013

LESÕES AFETIVAS


Um tipo de auxílio raramente lembrado: o respeito que devemos uns aos outros na vida particular.

Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que provocamos nos outros.

Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto, em torno de amor livre e de sexo liberado, muitos poucos são os companheiros encarnados que meditam nas consequências amargas dos votos não cumpridos.

Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou com o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não estás em condição de cumprir com à própria palavra, no que tange a promessas de amor.

E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendestes esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.

Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.

O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, espoliados do afeto que lhes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante a Divina Justiça, porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.

Certamente que muito desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.

Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quando afirmou peremptório: -"aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra".

Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo, e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Momentos de Ouro. Lição nº 31 Página 135.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

EXTINÇÃO DO MAL



Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.

Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.

Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.

A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.

A propósito, meditemos.

O Senhor corrige:

- A ignorância com a instrução;

- O ódio com o amor;

- A necessidade com o socorro;

- O desequilíbrio com o reajuste;

- A ferida com o bálsamo;

- A dor com o sedativo;

- A doença com o remédio;

- A sombra com a luz;

- A fome com o alimento;

- O fogo com a água;

- A ofensa com o perdão;

- O desânimo com a esperança;

- A maldição com a benção.

Somente nós as criaturas humanas por vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.

Simples ilusão. O mal não suprime o mal.

Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.


Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Brilhe Vossa Luz. Lição nº 21. Página 69.
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