Por toda parte na Terra, vemos o fantasma do
supérfluo enterrando a alma do homem no sepulcro da aflição.
Supérfluo de dinheiro gerando
intranquilidade...
Supérfluo de posses estendendo a ambição...
Supérfluo de preocupações imaginárias
abafando a harmonia...
Supérfluo de indagações empanando a fé...
Supérfluo de convenções expulsando a
caridade...
Supérfluo de palavras destruindo o tempo...
Supérfluo de conflitos mentais determinando a
loucura...
Supérfluo de alimentação aniquilando a
saúde...
Supérfluo de reclamações arrasando o
trabalho...
Entretanto, se o homem vivesse de acordo com
as próprias necessidades, sem exigir o que ainda não merece, sem esperar o que
não lhe cabe, sem perguntar fora do propósito e sem reprovar, nos outros,
aquilo que ainda não retificou em si mesmo, decerto, a existência na Terra
estaria exonerada de todos os tributos que aí se paga diariamente à
perturbação.
Se procuras no Cristo, o mentor de cada dia,
soma as tuas possibilidades no bem, subtrai as próprias deficiências,
multiplica os valores do próprio serviço e divide o amor para com todos, a fim
de que aprendas com a vida o que te convém realmente à própria segurança.
O problema da felicidade não está em sermos
possuídos pelas posses humanas, quaisquer que elas sejam, mas, em possuí-las,
com prudência e serenidade, usando-as no bem de todos que é o nosso próprio
bem.
Alija o supérfluo de teu caminho e acomoda-te
com o necessário à tua Paz.
Somente assim encontrarás em ti mesmo o
espaço mental indispensável à comunhão pura e simples com o nosso Divino Mestre
e Senhor.
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Moradias de Luz.
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