Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Francisco Cândido
Xavier.
Livro: Fonte Viva. Lição nº 97. Página
223.
"Porque a palavra da cruz é
loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos é o poder de
Deus." (Paulo. I Coríntios - 1:18)
A mensagem da cruz é dolorosa em todos
os tempos.
Do Calvário desceu para o mundo uma
voz, a princípio desagradável e incompreensível.
No martirológio do Mestre situavam-se
todos os argumentos de negação superficialmente absoluta.
O abandono completo dos mais amados.
A sede angustiosa.
Capitulação irremediável.
Perdão espontâneo que expressava
humilhação plena.
Sarcasmo e ridículo entre ladrões.
Derrota sem defensiva.
Morte infamante.
Mas o Cristo usa o fracasso aparente
para ensinar o caminho da Ressurreição Eterna, demonstrando que o
"eu" nunca se dirigirá para Deus, sem o aprimoramento e sem a
sublimação de si próprio.
Ainda hoje, a linguagem da cruz é
loucura para os que permanecem interminavelmente no círculo de reencarnações de
baixo teor espiritual; semelhantes criaturas não pretendem senão mancomunar-se
com a morte, exterminando as mais belas florações do sentimento.
Dominam a muitos, incapazes do próprio
domínio, ajuntam tesouros que a imprudência desfaz e tecem fios escuros de
paixões obcecantes em que sucumbem, vezes sem conta, à maneira da aranha
encarcerada nas próprias teias.
Repitamos a mensagem da cruz ao irmão
que se afoga na carne e ele nos classificará à conta de loucos, mas todos nós,
que temos sido salvos de maiores quedas pelos avisos da fé renovadora, estamos
informados de que, nos supremos testemunhos, segue o discípulo para o Mestre,
quanto o Mestre subiu para o Pai, na glória oculta da crucificação.