Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de
Francisco Cândido Xavier.
Livro: Mãos Unidas. Lição nº 03. Página
19.
Diante de cada dia que surge,
reflitamos na edificação do bem a que somos chamados.
Para isso, comecemos abençoando pessoas
e acontecimentos, circunstâncias e coisas, para que o melhor se realize.
De princípio costumam repontar no
cotidiano os problemas triviais do instituto doméstico.
Habitualmente aparece o assunto
palpitante da hora, solicitando-nos atenção. Saibamos subtrair-lhe a sombra
provável projetando nele a réstea de luz que sejamos capazes de improvisar.
Logo após, de imediato, estamos quase
sempre defrontados pelos contratempos de ordem familiar. Renteando com eles,
usemos o verbo calmante e conciliador para que as engrenagens do lar funcionem
lubrificadas em bálsamo de harmonia.
Mais adiante é o grupo de trabalho com
os pontos fracos à mostra. Abracemos com paciência e alegria as tarefas
excedentes que se nos imponha, esquecendo essa ou aquela falha dos companheiros
e trazendo à nós sem queixa ou censura a obrigação que ficou por fazer.
Em seguida é o campo vasto das
relações, com as surpresas menos felizes que sobrevenham: o amigo modificado, a
trama da incompreensão, a atitude mal interpretada, o irmão que se vai para
longe de nós...
A cada ocorrência menos agradável
procuremos responder com os nossos mais altos recursos de entendimento,
justificando o amigo que se transforma, desfazendo sem mágoa o emaranhado das
trevas, removendo equívocos em pauta e apoiando o colega que se afasta,
oferecendo-lhe a íntima certeza com referência à continuidade de nossa estima.
Tudo o que existe é peça da vida e se
aqui ou além, a deficiência aparece, isso significa que a obra do Bem, nessa ou
naquela peça da vida está pedindo a nossa colaboração a fim de que lhe doemos o
pedaço de Bem, que porventura ainda lhe falte.