CARNAVAL: UMA FESTA ESPIRITUAL
Alegria
exagerada, culto ao corpo, sexualidade, drogas, acidentes, prisões, doenças, distúrbios
afetivos, perdas financeiras, homicídios, suicídios, desencarnes, abortos
posteriores... Tudo isso é o carnaval!!!
Falar
sobre o carnaval é necessário, pois vivemos a festividade anualmente, com data
marcada: a mais comemorada e outras tantas, que se prolongam no decorrer do ano
em várias regiões do país e do planeta.
O culto à carne evoca
tudo o que desperta materialidade, sensualidade, paixão e gozo. O forte apelo
do período que antecede, acompanha e sucede o evento ao deus Mamon guarda
íntima relação com o conúbio de energias entre os dois planos da vida, o físico
e o extrafísico, alimentado pelos participantes, “vivos de cá e de lá”, que se
deleitam em intercâmbio de fluidos materialmente imperceptíveis à maioria dos
carnavalescos encarnados.
Vivemos em constante relação de intercâmbio, conectando-nos com
os que nos são afins pelos pensamentos, gostos, interesses e ações. Sem que nos
apercebamos, somos acompanhados por uma “nuvem de testemunhas”, que retrata
nossa situação íntima.
Todos
somos livres para fazer as escolhas que julgarmos convenientes. Porém, não
podemos nos esquecer de que igualmente somos responsáveis, individual ou e, também,
coletivamente, pelo nosso próximo, pelas opções definidas em nossa vida. E
teremos que resgatar os débitos que acumulamos, até mesmo quando incentivando a
outrem aos caminhos perdidos, para o espírito em evolução.
O Espiritismo não
condena o carnaval, mas, também, não estimula suas festividades, visto toda sua
futilidade que não traz nenhum benéfico para o encarnado. Nesse período são cometidos excessos de todos
os graus, com abusos e desregramentos no âmbito do sexo, das drogas, da
violência; exageros que extravasam desequilíbrio e possibilitam a atuação de
espíritos inferiores que se locupletam com a alimentação de fluidos densos
formadores de uma ambiência espiritual de baixo teor vibratório.
O
Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda
vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados,
marcado pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei
de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam
nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra.
O espírita verdadeiro pode e deve aproveitar o feriado prolongado para estudar, trabalhar, ajudar aos outros e conectar-se com o Plano Maior da Vida em elevada festividade espiritual que nos faz bem, proporcionando real alegria e plenitude ao Espírito imortal.
Fonte:
Revista Visão Espírita