sexta-feira, 14 de março de 2014
sábado, 8 de março de 2014
A MULHER ANTE O CRISTO
Toda vez nos disponhamos a
considerar a mulher em plano inferior, lembremo-nos dela, ao tempo de Jesus.
Há vinte séculos, com exceção das
patrícias do Império, quase todas as companheiras do povo, na maioria das
circunstâncias, sofriam extrema abjeção, convertidas em alimárias de carga,
quando não fossem vendidas em hasta pública.
Tocadas, porém, pelo verbo
renovador do Divino Mestre, ninguém respondeu com tanta lealdade e veemência
aos apelos celestiais.
Entre as que haviam descido aos
vales da perturbação e da sombra, encontramos em Madalena o mais alto
testemunho de soerguimento moral, das trevas para a luz; e entre as que se
mantinham no monte do equilíbrio doméstico, surpreendemos em Joana de Cusa o
mais nobre expoente de concurso e fidelidade.
Atraídas pelo amor puro,
conduziam à presença do Senhor os aflitos e os mutilados, os doentes e as
crianças.
E, embora não lhe integrassem o
circulo apostólico, foram elas - representadas nas filhas anônimas de Jerusalém
- as únicas demonstrações de solidariedade espontânea que o visitaram,
desassombradamente, sob a cruz do martírio, quando os próprios discípulos
debandavam.
Mais tarde, junto aos
continuadores da Boa-Nova, sustentaram-se no mesmo nível de elevação e de
entendimento.
Dorcas, a costureira jopense, depois
de amparada por Simão Pedro, fez-se mais ativa colaboradora da assistência aos
infortunados.
Febe é a mensageira da epístola
de Paulo de Tarso aos romanos.
Lídia, em Filipos, é a primeira
mulher com suficiente coragem para transformar a própria casa em santuário do
Evangelho nascituro.
Lóide e Eunice, parentas de
Timóteo, eram padrões morais da fé viva.
Entretanto, ainda que semelhantes
heroínas não tivessem de fato existido, não podemos olvidar que, um dia,
buscando alguém no mundo para exercer a necessária tutela sobre a vida preciosa
do Embaixador Divino, o Supremo Poder do Universo não hesitou em recorrer à
abnegada mulher, escondida num lar apagado e simples...
Humilde, ocultava a experiência
dos sábios; frágil como o lírio, trazia consigo a resistência do diamante;
pobre entre os pobres, carreava na própria virtude os tesouros incorruptíveis
do coração, e, desvalida entre os homens, era grande e prestigiosa perante
Deus.
Eis o motivo pelo qual, sempre
que o raciocínio nos induza a ponderar quanto à glória do Cristo - recordando,
na Terra, a grandeza de nossas próprias mães -, nós nos inclinaremos,
reconhecidos e reverentes, ante a luz imarcescível da Estrela de Nazaré.
Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Religião dos Espíritos. Lição nº 52. Página 131
terça-feira, 4 de março de 2014
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