quinta-feira, 31 de julho de 2014

O GRITO DE CÓLERA

 

Pelo Espírito Neio Lucio. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Luz no Lar. Lição nº 27. Página 68.

 

Lembra-se do instante em que gritou fortemente, antes do almoço?

Por insignificante questão de vestuário, você pronunciou palavras feias em voz alta, desrespeitando a paz doméstica.

Ah! Meu Filho, quantos males foram atraídos por seu gesto de cólera!...

A mamãe, muito aflita, correu para o interior, arrastando atenções de toda a casa. Voltou-lhe a dor de cabeça e o coração tornou a descompassar-se.

As duas irmãs, que cuidavam da refeição, dirigiram-se precipitadamente para o quarto, a fim de socorrê-la, e duas terças partes do almoço ficaram inutilizadas.

Em razão das circunstâncias provocadas por sua irreflexão, o papai, muito contrariado, foi compelido a esperar mais tempo em casa, chegando ao serviço com grande atraso. Seu chefe não estava disposto a tolerar-lhe a falta e recebeu-o com repreensão áspera.

Quem o visse, ereto e digno, a sofrer essa pena, em virtude da sua leviandade, sentiria compaixão, porque você não passa de um jovem necessitado de disciplina, e ele é um homem de bem, idoso e correto, que já venceu muitas tempestades para amparar a família e defendê-la.

Humilhado, suportou as consequências de seu gesto impulsivo, por vários dias, observado na oficina qual se fora um menino vadio e imprudente.

Os resultados de sua gritaria foram, porém, mais vastos.

A mãezinha piorou e o médico foi chamado. Medicamentos de alto preço, trazidos às pressas, impuseram vertiginosa subida às despesas, e o papai não conseguiu pagar todas as contas de armazém, farmácia e aluguel de casa.

Durante seis meses, toda a sua família lutou e solidarizou-se para recompor a harmonia quebrada, desastradamente, por sua ira infantil.

Cento e oitenta dias de preocupações e trabalhos árduos, sacrifícios e lágrimas!

Tudo porque você, incapaz de compreender a cooperação alheia, se pôs a berrar, inconscientemente, recusando a roupa que lhe não agradava.

Pense na lição, Meu Filho, e não repita a experiência.

Todos estamos unidos, reciprocamente, através de laços que procedem dos desígnios divinos. Ninguém se reúne ao acaso. Forças superiores impelem-nos uns para os outros, de modo a aprendermos a ciência da felicidade, no amor e no respeito mútuos.

O golpe do machado derruba a árvore de vez. A ventania destrói um ninho de momento para o outro.

A ação impensada de um homem, todavia, é muito pior.

O grito de cólera é um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldades e desgostos.

Por que não aprende a falar e a calar, a benefício de todos?

Ajude em vez de reclamar.

A cólera é força infernal que nos distancia da Paz Divina.

A própria guerra, que extermina milhões de criaturas, não é senão a ira venenosa de alguns homens que se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.

 

domingo, 27 de julho de 2014


Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Vereda de Luz. Lição nº 17. Página 66.

A fé vive na base das nossas mínimas operações de cada dia e, por isso mesmo, amplia os horizontes de nossa alma, na medida de nosso esforço dentro da sublimação íntima.
O homem confia nas vias gástricas e alimenta-se com êxito.
Apoia-se nos pés e caminha desassombrado.
Espera o concurso das mãos e trabalha com habilidade.
Conhece o valor do pensamento e influencia milhões de pessoas com a palavra falada ou escrita.
Atende às leis naturais, que lhe orientam a experiência no corpo, e consegue estabilidade física por muitos anos.
Tudo na existência é serviço da Fé viva em Poderes que não vemos e em coisas que não podemos analisar.
É por essa razão que, além da Terra, cada criatura encontra aquilo que cultivou.
O avarento, exclusivamente entregue ao dinheiro, receberá em miragens de ouro, a sua desventura infernal.
O viciado, que se consagrou a sensações mentirosas da carne, achará no desejo insatisfeito a tortura de cada instante.
O criminoso, que se rendeu à violência, viverá entre os quadros escuros em que fixou os pensamentos delituosos.
O espírito inerte, que se devotou à ociosidade, reconhecer-se-á na paisagem fria e desolada dos que se relegaram à retaguarda de preguiça ou desânimo.
Não te canses de procurar a bondade e a beleza, a virtude e a sabedoria, a luz e o amor, cultivando-os sem descansar, porque o homem que procura os cimos da montanha domina a paisagem, compreendendo o infinito em que nos movemos na direção do Senhor, criando visão nova para novos surtos de Espiritualidade santificante, de vez que, no Bem ou no Mal, na Terra ou Fora dela, viveremos onde, pela Fé, estivermos situando o próprio Coração.

 

sábado, 26 de julho de 2014

DESPRENDIMENTO


 
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Família. Lição nº 25. Página 154.
 
Fácil é desprender-se alguém da moeda que sobra, em favor do vizinho necessitado, mas é muito difícil projetar, a benefício dos outros, o sorriso de estímulo e o abraço da fraternidade que ajuda efetivamente.
Fácil é dar, de acordo com a nossa vontade e modo de ver ou sentir, mas é sempre difícil auxiliar o companheiro de jornada humana, segundo os projetos e aspirações que ele nos apresenta.
Fácil é desligar o coração de objetos e bens, no enriquecimento de quantos sejam simpáticos aos nossos caprichos individuais, mas é muito difícil ceder em favor daqueles que não nos acompanham as opiniões.
Fácil é transmitir o que nos custou esforço algum, entretanto, é difícil espalhar o que supomos conquista nossa.
Fácil é sacrificarmo-nos pela melhoria dos nossos amigos e familiares, no entanto, é sempre difícil a renunciação em auxílio dos que não oram pela cartilha de nossas devoções pessoais.
Fácil é libertar a palavra que ensina, mas é muito difícil desenvolver a ação que realiza.
Incontestavelmente, grande amor à Humanidade demonstra o aprendiz do Evangelho que distribui o pão e o remédio, o socorro e o ensinamento, a esmola e o auxílio, nas linhas materiais da vida; contudo, enquanto não aprendermos a dar de nosso suor, do nosso ponto de vista, do nosso concurso individual, do nosso sangue, do nosso tempo e de nosso coração, em favor de Todos, não ingressaremos, realmente, no grande Templo da Humanidade, onde receberemos, edificados e felizes, o título de Companheiros e Discípulos de Jesus.

 

domingo, 13 de julho de 2014

CONQUISTANDO A PAZ


Existem tribulações e tribulações...

Para extinguir aquelas que conturbam a vida, comecemos a cooperar na construção da paz onde estivermos.

Necessitamos, porém, conhecer as farpas que entretecem as inquietações que nos predispõem ao desequilíbrio e ao sofrimento.

Vejamos algumas:
- a queixa contra alguém;
- a reclamação agressiva;
- o palavrão desatado pela cólera;
- a resposta infeliz;
- a frase de sarcasmo;
- o conceito depreciativo;
- o apontamento malicioso;
- o gesto de azedume;
- a crítica destrutiva;
- o grito de desespero;
- o pensamento de ódio;
- a lamentação do ressentimento;
- a atitude violenta;
- o riso escarninho;
- a fala da irritação;
- o cochicho do boato;
- o minuto de impaciência;
- o parecer injusto;
- a pancada verbal da condenação...
Cada espinho invisível a que nos reportamos é comparável à chispa capaz de atear o incêndio da discórdia. E ganhar a discórdia não aproveita a pessoa alguma.
Tanto quanto possível, aceitemos as tribulações que a vida nos reserve e saibamos usar o amor e a tolerância, a paciência e o espírito de serviço para que estejamos realmente conquistando os valores e bênçãos da paz.
Não esperes que o próximo te solicite cooperação. Colabora voluntariamente, na certeza de que estarás realizando valiosas sementeiras de trabalho e de amor, na construção do futuro melhor.


Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Paciência. Lição nº 15. Página 74.

 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

SUCESSO E NÓS


Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Diálogo dos Vivos. Lição nº 09. Página 68.


Você é o seu próprio pensamento em ação.
Todos somos filhos de Deus e, em qualquer lugar, estamos todos na Presença Divina.
A Suprema Lei da Vida é o Bem de Todos.
Concentre-se tão somente no bem e a sua imaginação funcionará por lente vigorosa, ampliando a visão dos bens que lhe enriquecem a vida.
A palavra é força criadora. Coloque bondade e compreensão no verbo que lhe expõe o modo de ser e a sua palavra realizará maravilhas.
Aceite a lei do progresso. Observe a árvore que você planta e verificará o imperativo da evolução.
Você pode e deve conservar-se fiel ao seu amor e ao seu ideal, mas não conseguirá ser feliz sem renovar-se.
Aprendamos com a fonte que prossegue sem alteração na estrutura essencial da corrente, entretanto, avança em movimento constante para os seus próprios objetivos.
A tarefa em suas mãos é semelhante a determinada empresa com os clientes que se lhe agregam aos interesses. O seu êxito terá sempre o tamanho do serviço que você preste.
Apague de sua mente e de sua conversação toda idéia ou palavra que estabeleça imagens condenatórias ou deprimentes.
A nossa existência é comparável à escada e todos nós somos capazes de utilizar os degraus que nos levem acima.
Nunca despreze os outros, nem despreze a você mesmo. Ninguém existe sem utilidade ou sem importância na Obra Divina da Criação.
Auxilie para o bem quanto e como possas, resguardando a consciência tranquila. De tudo o que dermos receberemos centuplicadamente.
Faça de Deus o seu mentor, o seu companheiro, o seu amigo e o seu sócio, reconhecendo que é nosso dever colocar-nos em Deus, tanto quanto Deus, por Suas Leis, está em nós.
Praticando o bem com esquecimento do mal, conforme evidenciam as Leis de Deus, entreguemo-nos às obrigações que a Divina Providência nos confiou, nos quadros do dia-a-dia.
E, em matéria de sucesso e segurança, paz e alegria, o nosso próprio trabalho, com a Bênção de Deus, fará o resto.
 
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