domingo, 27 de outubro de 2013

CARIDADE - ATITUDE


Caridade que se expresse tão somente na cessão do supérfluo pode facilmente induzir-nos à vaidade.

Não é difícil dar o que retemos, no entanto, a virtude genuína pede a doação de nós mesmos, através do que temos e do que somos.

Em razão disso, é preciso não esquecer que a caridade é também e acima de qualquer circunstância, o sentimento que nos rege a atitude.

No templo doméstico, caridade é compreensão e gentileza.

Em família, caridade é cooperação desinteressada e fraterna.

Na profissão, caridade é a honestidade.

No trabalho, caridade é o dever bem cumprido.

Na dor, caridade é a fortaleza.

Na alegria, caridade é a temperança.

Na saúde, caridade é a presença útil.

Na enfermidade, caridade é a paciência.

Na abastança, caridade é o serviço a todos.

Na pobreza, caridade é a diligência.

Na direção, caridade é a respeitabilidade.

Na obediência, caridade é a humildade digna.

Entre amigos, caridade é a confiança.

Entre adversários, caridade é o perdão das ofensas.

Entre os fortes, caridade é o socorro aos mais fracos.

Entre os bons, caridade é o auxílio aos menos bons.

Na cultura, caridade é o amparo à ignorância.

No poder, caridade é a autoridade sem abuso.

Em sociedade, caridade é o apoio fraterno que devemos uns aos outros.

Na vida privada, caridade é a conduta reta ante o próprio julgamento.

Não vale espalhar um tesouro amoedado com as vítimas de penúria, alimentando o ódio e a incompreensão, a revolta e o pessimismo nas almas.

Aceitemos a experiência que o Senhor nos reserva cada dia, fazendo o melhor ao nosso alcance.

Seja a nossa tarefa um cântico de paz e esperança, eficiência e alegria, onde estivermos.

E recebendo o divino dom de pensar e entender, irradiando os mais belos ideais que nos enriquecem a vida, em forma de serviço aos semelhantes, a caridade será, em nossos corações, a luz constante clareando, desde as sombras da terra, os mais remotos horizontes de nosso luminoso porvir.

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro: Linha 200. Lição nº 18. Página 90.

domingo, 20 de outubro de 2013

A GRANDE INSTRUTORA




Benemérita instrutora existe, cuja visitação sempre recebemos com alarme e às vezes com reclamações infindáveis.
Orienta sem gritaria e ampara sem violência.
Semelhante mentora palmilha todas as estradas humanas e chama-se "Enfermidade".
Nesta afirmativa não há lirismo simbólico.
Desejamos apenas considerar que a doença é a correção provocada por nossos próprios desequilíbrios, agora ou no passado, atuando, a fim de que não venhamos a cair em maiores padecimentos na esteira do tempo.
Por isso mesmo, vale receber-lhe a presença com respeito, moderação e bom ânimo.
Se a dor te não impede a movimentação orgânica, persevera com o trabalho, sem desprezá-lo, embora não possas atender a todos deveres na feição integral, e não olvides que enquanto o corpo é suscetível de ação própria, o serviço é o melhor reconstituinte para as deficiências da vida física e o melhor sedativo para os aborrecimentos morais.
Se a enfermidade age nas células que permanecem a teu serviço, confia-te ao pensamento reto.
Nunca te entregues à revolta, ao desalento ou à indisciplina.
Esse trio de sombras te encarceraria em maiores conflitos mentais.
A mente insubmissa ou desesperada não poderá governar o cosmo vital a que se ajusta, agravando os seus próprios problemas.
Ergue-te, em espírito, na intimidade do coração, trabalha sempre e não percas o sorriso de confiança.
Cada dia é nova folha do livro infinito da vida e a proteção do Senhor não nos abandona.
Se tens o corpo atado ao leito, incapaz de mobilizar as próprias energias a benefício de ti mesmo recorda que, por vezes, a lição da enfermidade deve ser mais longa, a favor de nossa grande libertação no futuro.
Toda perturbação guarda origens profundas na alma e se o veículo físico passará sempre, à feição de veste corruptível, o espírito é o herdeiro da vida imortal.
Indispensável pensar nisso para que a serenidade nos dignifique nas horas de crise, porquanto representam grande apoio para nós mesmo a calma e a coragem que espalhamos naqueles que nos cercam.
O doente inconformado é um centro de sombrios pensamentos, ligados à discórdia, à rebelião e ao desânimo.
A enfermidade exerce a função de mestre precioso.
Faze silêncio em ti e ouve-lhe os avisos ligeiros ou as advertências profundas.
E ainda que te encontres à frente da morte, lembra-te do Amigo Divino que demandou a ressurreição através do leito erguido na cruz, usando o infinito amor e a extrema renúncia, no próprio sacrifício, para sanar as dores da humanidade.

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Visão Nova. Lição nº 17. Página 75.

 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

COMPAIXÃO EM FAMÍLIA



"Mas se alguém não tem cuidado dos seus e, principalmente dos da sua família, negou a fé...”. Paulo. I Timóteo, 5:8.

São muitos assim...
Descarregam primorosa mensagem nas assembleias, exortando o povo à compaixão, bordam conceitos e citações, a fim de que a brandura seja lembrada; entretanto, no instituto doméstico, são carrascos de sorriso na boca.

Traçam páginas de subido valor, em honra da virtude, comovendo multidões; mas não gravam a mínima gentileza nos corações que os cercam entre as paredes familiares.

Promovem subscrições de auxílio público, em socorro das vítimas de calamidades ocorridas em outros continentes, transformando-se em titulares da grande benemerência; contudo, negam simples olhar de carinho ao servidor que lhes pões a mesa.

Incitam a comunidade aos rasgos de heroísmo econômico, no levantamento de albergues e hospitais, disputando créditos publicitários em torno do próprio nome; entretanto, não hesitam exportar, no rumo do asilo, o avô menos feliz que a provação expõe à caducidade.

Não seremos nós quem lhes vá censurar semelhante procedimento.

Toda migalha de amor está registrada na lei, em favor de quem a emite.

Mais vale fazer bem aos que vivem longe, que não fazer bem algum.

Ajudemos, sim, ajudemos aos outros, quanto nos seja possível; entretanto, sejamos igualmente bons para com aqueles que respiram em nosso hálito.

Devedores de muitos séculos, temos em casa, no trabalho, no caminho, no ideal ou na parentela, as nossas principais testemunhas de quitação.

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Luz no Lar. Lição nº 64. Página 163.

 

domingo, 6 de outubro de 2013

DIZES-TE


 
Dizes-te pobre; entretanto, milionários de todas as procedências dar-te-iam larga fortuna por ínfima parte do tesouro de tua fé.

Dizes-te desorientado; contudo, legiões de companheiros, cujo passo a cegueira física entenebrece, comprar-te-iam por alta recompensa leve migalha da visão que te favorece, para contemplarem pequena faixa da natureza.

Dizes-te impedido de praticar o bem; todavia, multidões de pessoas algemadas aos catres da enfermidade oferecer-te-iam bolsas repletas por insignificante recurso da locomoção com que te deslocas, de maneira a se exercitarem no auxilio aos outros.

Dizes-te desanimado; sem te recordares, porém, de que vastas fileiras de mutilados estariam dispostos a adquirir, com a mais elevada quota de ouro, a riqueza de teus pés e a bênção de teus braços.

Dizes-te em provação; mas olvidas que, na triste enxovia dos manicômios, inúmeros sofredores cederiam quanto possuem para que lhes desses um pouco de equilíbrio e de lucidez.

Dizes-te impossibilitado de ajudar com a luz da palavra; no entanto, mudos incontáveis fariam sacrifícios ingentes para deter algum recurso do verbo claro que te vibra na boca.

Dizes-te desamparado; entretanto, milhões de criaturas dariam tudo o que lhes define a posse na vida para usar um corpo harmônico qual o teu, a fim de socorrerem os filhos da expiação e do sofrimento.

Por quem és, não lavres certidão de incapacidade contra ti mesmo.

Lembra-te de que um sorriso de confiança, uma prece de ternura, uma frase de bom ânimo, um gesto de solidariedade e um minuto de paz não têm preço na Terra.

Antes de censurar o irmão que traz consigo a prova esfogueante das grandes propriedades, sai de ti mesmo e auxilia o próximo que, muita vez, espera simplesmente uma palavra de entendimento e de reconforto, para transferir-se da treva à luz.

E, então, perceberás que a beneficência é o cofre que devolve patrimônios temporariamente guardados a distância das necessidades alheias, e que a caridade, lídima e pura, é amor sempre vivo, a fluir, incessante do amor de Deus.

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Religião dos Espíritos. Lição nº 13. Página 39

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

REVERENCIANDO KARDEC



 
Antes de Kardec, embora não nos faltasse a crença em Jesus, vivíamos na Terra atribulados por flagelos da mente, quais os que expomos:

- o combate recíproco e incessante entre os discípulos do Evangelho;

- o cárcere das interpretações literais;

- o espírito de seita;

- a intransigência delituosa;

- o obsessão sem remédio;

- o anátema nas áreas da filosofia e da ciência;

- o cativeiro aos rituais;

- a dependência quase absoluta dos templos de pedra para as tarefas da edificação íntima;

- a preocupação de hegemonia religiosa;

- a tirania do medo, ante as sombrias perspectivas do além-túmulo;

- o pavor da morte, por suposto fim da vida.

Depois de Kardec, porém, com a fé raciocinada nos ensinamentos de Jesus, o mundo encontra no Espiritismo Evangélico benefícios incalculáveis, como sejam:

- a libertação das consciências;

- a luz para o caminho espiritual;

- a dignificação do serviço ao próximo;

- o discernimento;

- o livre acesso ao estudo da lei de causa e efeito, com a reencarnação explicando as origens do sofrimento e as desigualdades sociais;

- o esclarecimento da mediunidade e a cura dos processos obsessivos;

- a certeza da vida após a morte;

- o intercâmbio com os entes queridos domiciliados no Além;

- a seara da esperança;

- o clima da verdadeira compreensão humana;

- o lar da fraternidade entre todas as criaturas;

- a escola do Conhecimento Superior, desvendando as trilhas da evolução e a multiplicidade das “moradas” nos domínios do Universo.

Jesus - o amor.

Kardec - o raciocínio.

Jesus - o Mestre.

Kardec - o Apóstolo.

Seguir o Cristo de Deus, com a luz que Allan Kardec acende em nossos corações, é a norma renovadora que nos fará alcançar a sublimação do próprio espírito, em louvor da Vida Maior.

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Doutrina de Luz. Lição nº 07. Página 35.

 
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